cadê o fio da meada?

faz tempo que escrevi... venho todos os dias ao blog, leio alguns comentários, uns mais antigos que outros, releio os textos do meu histórico, numa busca incansável (digo, até agora) por algum tipo de inspiração. acabei por desistir.

cheguei a conclusão (devera tarde) de que aquela conversinha de que é sempre o coração quem fala mais alto é pura mentira, eu pensava, que como um sábio barbudo de filmes antigos, o coração sempre tinha algo a dizer ou que o seu silêncio significasse uma pausa proposital para mais tarde uma resposta filosófica.

mas de onde foi mesmo que eu tirei isso? não sei se foram as literaturas infantis da pró Dete, talvez possa ter partido das histórias da minha mãe, ou quem sabe dos filmes da sessão da tarde... uma coisa é certa, aprendi errado (e como errei!).

o coração é bobo. ao contrário daquele sábio, o coração é um menino mimado e desobediente. quando a gente diz sim, ele insiste no não, e quando é não... - me dááá!

éé, complicado mesmo... na verdade, nem é tão complicado assim. pensando bem, não tem complicação nenhuma nisso tudo. o meu silêncio não é sinônimo de tristeza, de alegria, birra do coração ou de uma mistura de sentimentos. o silêncio, é só silêncio. vem sempre em horas indesejáveis, como àquela vizinha da frente. mas fazer o quê? esse negócio de vassoura atrás da porta não funciona, com ele não (e com ninguém)... o jeito é esperar, ter paciência... que mais cedo ou mais tarde, o silêncio cansa, o coração decide falar, e meus textos voltam a ser menos ruins.