sexta-feira, 10 de abril de 2009

é bonito a maneira como ela se senta no balanço, e que olha para o céu como que pedindo para o vento renovar a sua alma e libertar o sorriso de criança que está ali dentro dela em algum lugar. o vento sopra os seus cabelos pretos e os descompassam. cada fio segue uma melodia, mas só se pode ouvir a disputa dos galhinhos no pé de planta. ela encara o sol, enrugando a testa, fechando os olhos e se lembrando de quando era criança, que sempre ouvia que fazer isso a deixaria cega, e contar estrelas, traria verrugas. ela e sua mania de achar que sempre sabe das coisas. desde pequena, rabujenta. quando menina, dizia que cada estrela era um sonho que, um dia, realizaria. já quase mulher, acha que não tem mais tantos sonhos assim, e nem tanta disposição. hoje ela só queria uma abraço longo, sincero. alguém para jogar conversa fora, ver desenhos em nuvens, sorrir intensamente, dar gargalhadas gostosas, ou pelo menos, alguém que pudesse sentar ao lado dela nesse balanço, e em silêncio, olhar para o céu como quem pede para o vento renovar a alma.

4 comentários:

Ana Paula Borges Pereira disse...

Ai Lua...^^
Que lindo!
Saudade!S2

Thiago disse...

que calmo.. e que saudade me deu.

H L disse...

"hoje ela só queria uma abraço longo, sincero. alguém para jogar conversa fora, ver desenhos em nuvens, sorrir intensamente, dar gargalhadas gostosas,"

eu REALMENTE adorei teu texto!!
tá tão meigo e sincero...
Lindo.

Daah O. disse...

Que bonito, dá pra sentir o texto!