segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

naqueles dias acordar era penoso. era estranho o gosto de superação da dor de mais um dia, era confusa a sensação de saber que lá fora tudo seguia o seu caminho, o sol continuava brilhando bonito, intenso, e do lado de dentro, dentro de casa, dentro do coração o silêncio e a desordem era tudo o que havia restado. não ria mais, não chorava mais.inerte aos desejos e sensações, seguia o seu caminho só por necessidade de seguir. tinha que continuar, embora fosse em passos pequenos. superava aos poucos. o gato era sua melhor companhia. o cheiro de coisa velha - aqueles dias, aquelas lembranças, ela, ele, eles - estava em todo lugar, em cada cômodo, em cada canto, em cada pensamento. o café ainda tinha o mesmo gosto, de conforto, e essa era sua única felicidade.

Um comentário:

Ana Paula Borges Pereira disse...

esse gosto de conforto, do café...É a melhor coisa...^^