domingo, 1 de agosto de 2010

certeza é uma palavra que não consigo pronunciar há algum tempo. cercada de icógnitas, de mentiras, de medos, de insegurança tenho seguido em frente. não é fácil. queria ser menos densa em tudo que desejo, queria levar a vida simples e não me perguntar do futuro. talvez, assim, esqueceria das dúvidas que tenho e que terei por muito tempo ainda. lembro de como algumas pessoas me marcaram e me marcam. antes era meu nome escrito junto ao dele na janelinha do MSN. hoje é o dela e fica tão estranho... não rima, embora o nosso também não rimasse, mas pelo menos fazia poesia. foi uma daquelas paixões arrebatadoras, daquelas que você consegue ser você, daquelas sem joguinhos, e de entrega. entreguei meu coração, meus pensamentos, meus dias... dias que hoje se distanciam de uma vida vivida, de uma vida sentida. ainda não consigo encontrar explicação. acabou, mas dentro de mim continua inacabada a historia. eu acho, que um fim é quando não se tem mais nada para explicar, é quando tudo se resume num viveram felizes para sempre, independente dos personagens continuarem juntos ou não.
não estamos juntos, não questiono isso. não estou feliz. questiono a minha incapacidade de entender o pq que acabou. continuo nessa incerteza. e já faz tanto, tanto tempo. reflito se ainda encontrarei alguém que fará com que as borboletas no meu estômago levantem voo novamente, se um dia essa paixão toda me pega de jeito de novo... duvido sobre o amor. o que eu senti por ele não pode ter sido amor. não o quero pra mim e amor a gente quer pra toda uma vida. mas se o que eu senti não foi amor, se foi paixao, pq ainda me dói lembrar? pq ainda me dói sentir?

5 comentários:

Forasteiro disse...

como vc disse uma vez: "O amor eh um jogo"...

Ana Paula Borges Pereira disse...

Nossa Lua... Parece q eu tô passando pelas mesmas coisas.
Estranho né?
É estranho com quando acaba e a gente n consegue explicar pq.
Estranho quando a gente n entende o pq do outro. São estranhos demais esses fins assim...

Ran Omelete disse...

Bem, quando eu acordo eu tenho certeza que é melhor sair da cama do que continuar deitado.

Meu chefe que o diga.

Mar disse...

Oi, Eluane...
Muitas vezes é difícil compreender exatamente o que uma pessoa quer expressar, quando ela mesma duvida do que quer expressar, e termina com duas interrogações para as quais parece não ter resposta. Mas, justamente tal complexidade é que tornou seu texto tão autêntico e tão belo. Por isso eu o reli algumas vezes, cinco, seis. Escrever dois nomes no msn, numa folha, na areia do mar é muito mais simples de apagar ou de trocar do que fazê-lo quando está escrito no coração. E, às vezes, nós escrevemos no coração e a outra pessoa o escreve no msn. Eis a maior possibilidade do porquê ter acabado. Ele não escreveu seu nome onde você escreveu o dele. Nossa maior dificuldade em entender é que não queremos aceitar o que entendemos. É certo que sempre encontraremos quem desperte as borboletas, e tanto mais cedo se afugentarmos os elefantes da consciência, tão pesados de carregar. A vida por viver está toda à frente. A vida que está atrás já foi vivida. Dói lembrar não porque fosse amor ou paixão, mas porque a dona do sentimento quer mantê-lo vivo, e diz a si mesma que não. O que dói não é o que foi, mas é o coração dizendo que podia ter durado, e a razão dizendo que acabou.
Um abraço carinhoso.
Marcelo Bandeira

Mar disse...

Elu,
Feliz Natal e um Ano maravilhoso para você! Você é especial!
Um beijo carinhoso!
Lello